quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Esquerda, Direita, Hipocrisia e Marketing.

Você é de direita ou de esquerda? Para evitar eventuais discussões, não raro, alguém sempre responde “sou de centro”. Mas e o que é ser “de centro”, cara pálida? A resposta geralmente é confusa. Bom, depois do fim da guerra fria, tornou-se antiquado polarizar o debate político, afinal depois de 1989, quem ainda acreditaria em socialismo ou no seu irmão gêmeo mais feio, o comunismo? Não se esqueça que estamos no Brasil e aqui a retórica, mesmo que atrasada, vale mais que resultado prático.

Partidos socialistas e comunistas ditam os rumos do país graças a dois fatores: Hipocrisia e Marketing. Explico: Mesmo gerando empobrecimento e diminuindo liberdades individuais por onde quer que governem, o excelente departamento de marketing dos partidos socialistas e comunistas atrelam o conceito de “esquerda” à justiça social, à luta pelos trabalhadores e ao bem-estar coletivo.

O marketing esquerdista também é muito bom em rótulos caricaturais: Alguém que se diz de “direita” é militar a favor da ditadura, religioso preconceituoso ou rico explorador. Uma vez fui chamado “direitista, burguês e capitalista”. Sim, como se fosse xingamento. O que se vê é um raciocínio raso: Só quem é de esquerda, gosta dos pobres e trabalhadores. Perguntaria ao caro leitor: Quem em sã consciência seria contra os pobres? Quem não gostaria de ver uma melhora no nível de vida de toda população? O problema nessa conversa toda não são os FINS, mas os MEIOS. É aí que entra a hipocrisia.

A maioria dos esquerdistas que conheço apreciam cervejas importadas, usam tênis Nike e fazem comentários na internet contra o sistema através de seus Iphones. Políticos esquerdistas importam médicos de Cuba, mas se tratam apenas no Sírio-Libanês, o hospital mais caro do país. SUS? Que SUS? Políticos de esquerda demonizam as privatizações e no outro dia leiloam aeroportos. E qual é o partido que utiliza recurso dos impostos suados da população para dar dinheiro subsidiado a empresários bilionários, via BNDES? Eike Batista que o diga. Então o caminho é ser de direita?


Respondo com outra pergunta: O que é ser “ de direita”? Eu prefiro esquecer rótulos e me ater a projetos políticos que valorizem a meritocracia, livre mercado, liberdades individuais, imprensa livre, respeito às leis e às instituições democráticas. Um projeto político que não coloque benefícios estatais como moeda de troca para permanência no poder. O problema nem seria achar um partido que abrace tais projetos. O problema agora é achar um povo disposto a abraçar tal partido.

Por Rodrigo de Bem Nunes

7 comentários:

Luis Paulo disse...

Parabéns Rodrigo, sábias palavras, colocadas de forma muito clara e óbvia para entendimento. Abração!

Aristeu Nunes disse...

Esse e o meu guri

Anônimo disse...

Parabéns Rodrigo, tuas colocações são perfeitas, defines com clareza a mediocridade política atua.

Anônimo disse...

atual, digo

Unknown disse...

É cara... Importar médicos de cuba e usar o Sírio-Libanês é ser muito de esquerda mesmo... Foda!

Baita ponto de vista cara!
Belo texto está de parabéns!

Abraço

Unknown disse...

Tu tah certo, esses rotulos perdem todo o sentido com a hipocrisia cara de pau dos politicos. Excelente texto para assimilar a diferenca do conceito e da pratica esquerda/direita. Parabens!

Unknown disse...

Vale lembrar que além de fazer um marketing muito bom o governo atual também é especialista em manipular seus balanços para dar uma mascarada na real situação. Muito bom texto, pra quem tem o mínimo de instrução... aos demais resta te chamar de fascista e reacionário hehehehe abraço!