Na
linguagem do futebol, quando um time está mal todos dizem que bom é o jogador
que está de fora. Com a devida vênia, transporto tal circunstância ao nosso
país. Hoje, 15 de novembro, comemora-se do dia da proclamação da República do
Brasil; em verdade o dia tem valido muito mais pelo feriado do que pelo motivo
propriamente dito. Nisso, alguém há de levantar o questionamento: e se
tivéssemos mantido a monarquia, seria melhor?
Pouco
se vê, nos nossos dias atuais, acerca da monarquia. O maior exemplo é o do
Reino Unido (Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Canadá e Nova Zelândia –
esqueci de algum?), onde a Rainha Elizabete II segue na ativa. Contudo, a
monarquia tem ganhado destaque muito mais por casamentos ou natalidade, do que
pelo desenvolvimento do regime. É um regime que caminha para extinção. Mas é
pior que a república?
O
regime republicano, em tese, é mais democrático que a monarquia. Na república,
o povo tem direito, pelo voto, a escolher o seus representantes. Isso não é
capaz, porém, de garantir um governo do povo, para o povo e pelo povo. O nosso
país, infelizmente, é um exemplo disso. Escolher os nossos representantes não
tem contribuído muito com o desenvolvimento do país, haja vista que a corrupção
e o ineficiente serviço público não estão sendo combatidos por aqueles que
elegemos. Aliás, pelo contrário.
Por
força da Constituição de 1988, em 1992 (salvo engano) fora realizado um plebiscito
onde nós brasileiros pudemos escolher pela mantença da república ou a volta da
monarquia. Mantivemos o regime mais democrático, diante da escolha direta de
representantes o que, aparentemente, mostrou ser a melhor escolha.
O
problema é que, a cada dia que passa, a nossa república da maiores exemplos que
aqui é a “república das bananas”. Não se pode afirmar que se fossemos regidos
por um Rei (e um 1º Ministro) estaríamos em melhor situação. O problema mesmo
está em nós mesmos e na dificuldade de, enfim, tornarmo-nos um país sério.
Ainda privilegia-se o futebol, carnaval e outras futilidades, em detrimento do
melhor serviço público, da menor carga de impostos e do combate à corrupção.
Logo, não há regime que
resista. Brasil, “República das Bananas”? Pois é. É necessário uma discussão
aprofundada acerca do nosso futuro e aonde vamos parar. Ouço (e vejo) os presidenciáveis
falando disso e criticando aquilo. Para mim, são todos muito fracos para aquilo
que o país precisa. Já não se tem mais um Getúlio Vargas, um Jango, um
Juscelino e um Brizolla. Falta candidato com espírito Caudilho, com fibra e
coragem para governar sem se arreganhar para o congresso nacional. Aliás, por
falar nisso, precisamos de regime bicameral? Pois é.
Afinal,
quem poderá nos defender?
Bom
feriado a todos e um abraço.
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