sexta-feira, 15 de novembro de 2013

República das bananas

Na linguagem do futebol, quando um time está mal todos dizem que bom é o jogador que está de fora. Com a devida vênia, transporto tal circunstância ao nosso país. Hoje, 15 de novembro, comemora-se do dia da proclamação da República do Brasil; em verdade o dia tem valido muito mais pelo feriado do que pelo motivo propriamente dito. Nisso, alguém há de levantar o questionamento: e se tivéssemos mantido a monarquia, seria melhor?

Pouco se vê, nos nossos dias atuais, acerca da monarquia. O maior exemplo é o do Reino Unido (Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Canadá e Nova Zelândia – esqueci de algum?), onde a Rainha Elizabete II segue na ativa. Contudo, a monarquia tem ganhado destaque muito mais por casamentos ou natalidade, do que pelo desenvolvimento do regime. É um regime que caminha para extinção. Mas é pior que a república?

O regime republicano, em tese, é mais democrático que a monarquia. Na república, o povo tem direito, pelo voto, a escolher o seus representantes. Isso não é capaz, porém, de garantir um governo do povo, para o povo e pelo povo. O nosso país, infelizmente, é um exemplo disso. Escolher os nossos representantes não tem contribuído muito com o desenvolvimento do país, haja vista que a corrupção e o ineficiente serviço público não estão sendo combatidos por aqueles que elegemos. Aliás, pelo contrário.

Por força da Constituição de 1988, em 1992 (salvo engano) fora realizado um plebiscito onde nós brasileiros pudemos escolher pela mantença da república ou a volta da monarquia. Mantivemos o regime mais democrático, diante da escolha direta de representantes o que, aparentemente, mostrou ser a melhor escolha.

O problema é que, a cada dia que passa, a nossa república da maiores exemplos que aqui é a “república das bananas”. Não se pode afirmar que se fossemos regidos por um Rei (e um 1º Ministro) estaríamos em melhor situação. O problema mesmo está em nós mesmos e na dificuldade de, enfim, tornarmo-nos um país sério. Ainda privilegia-se o futebol, carnaval e outras futilidades, em detrimento do melhor serviço público, da menor carga de impostos e do combate à corrupção.

Logo, não há regime que resista. Brasil, “República das Bananas”? Pois é. É necessário uma discussão aprofundada acerca do nosso futuro e aonde vamos parar. Ouço (e vejo) os presidenciáveis falando disso e criticando aquilo. Para mim, são todos muito fracos para aquilo que o país precisa. Já não se tem mais um Getúlio Vargas, um Jango, um Juscelino e um Brizolla. Falta candidato com espírito Caudilho, com fibra e coragem para governar sem se arreganhar para o congresso nacional. Aliás, por falar nisso, precisamos de regime bicameral? Pois é.

Afinal, quem poderá nos defender?       


Bom feriado a todos e um abraço.

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