sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sucesso e motivação

Confesso-lhes que não ando muito a par de assuntos acerca do gauchismo, ou então, dignos das tradicionais postagens de sexta-feira. Temo, inclusive, tornar-me repetitivo, uma vez que não é a primeira vez que dou início a um texto falando mais ou menos nestes termos. Pior, entretanto, é ausentar-me. Assim, faço um esforço para tratar aqui de algo útil, tentando, de todas as formas, evitar o máximo o uso de pontos e de vírgulas, o que, como podem ver, não esta sendo cumprido de minha parte. De qualquer forma, certamente vou dar sequencia ao que já escrevi até agora e ao final, estarei me sentindo um pouco melhor. Digo isso no sentido de que pelo menos mantive o intuito de escrever algo, ainda que não tão digno do conhecimento de vocês. Indigno então? Não. Por pior que seja a minha falta de inspiração, ainda assim tenho como primordial o respeito para como todos os leitores e leitoras dês Blog. Os ideais tradicionalistas permanecem intactos por aqui até mesmo quando eu não estiver tratando do tema, até porque, trata-se do foco principal deste. Na mesma proporção segue o interesse que tenho para com todos vocês. Então, cabe respeitá-los incondicionalmente. Reparem que mesmo quando faço aqui uma crítica contumaz a algo, ainda assim estou respeitando-os, pois estou oportunizando-lhes também a crítica, ainda que seja para mim mesmo.
Relendo o que escrevi supra, constato que mais parece um texto de quarta-feira. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. Nem tanto a segunda-feira, nem tanto a sexta-feira. Dessa forma sigo por diante, como alias tem sido ultimamente, esquecendo por alguns instantes os pormenores e tratando de suavizar as palavras, notícias e pensamentos. Deste jeito, logo me vem a tona as coisas do Rio Grande, a música e a poesia. Hoje eu até não ia falar em música, porém, não poderia deixar de tratar aqui do novo disco dos amigos do Tchê Moçada. Recebi o cd das mãos do Márcio, diretor do grupo, quando prestigiava uma domingueira animada pelos patrícios, numa tarde fria, em Estância Velha. Um grandioso trabalho, sem dúvidas. Lamento, contudo, que eu não consiga colacionar a capa do disco, o que farei assim que tiver oportunidade.
O terceiro disco do Tchê Moçada, intitulado “Acústico”, é um trabalho de muito boa qualidade e de certa forma bastante peculiar. Afinal, não é nada comum por parte dos nossos grupos regionalistas investirem em um disco acústico. Eu mesmo, numa rápida consulta a minha memória (risos), lembro-me somente do disco produzido pelo Grupo Rodeio (excelente, por sinal), isso no início dos anos 2000. No que diz respeito ao repertório, os amigos do Tchê Moçada estavam realmente inspiradíssimos. Com algumas regravações do próprio grupo, destaque para as músicas “Peão de Estância”, “Retrato do Rio Grande” e Baile Campeiro; e outras de grandes nomes da nossa música, como “Cambicho de Gaiteiro” e “Caçador e Pescador” (Os Mirins), bem como “Serrano Cantor” (Os Serranos), o complemento do belo trabalho traz músicas inéditas das quais destaco “Vida Guria” e “É Nisto que Boto Fé”. Por fim, não poderia deixar de mencionar as participações especiais que, por si só, garantem o sucesso do volume: Oscar Soares (Oscarzinho), Régis Marques e Walther Moraes. Um belo investimento, lhes garanto!
Ao chegar nas linhas derradeiras, chego a conclusão que embora sem muita inspiração vou sempre estar escrevendo por aqui. Pelo simples fato de escrever, ou para simplesmente colocar uma idéia no papel (bons tempos estes, hoje, na tela). Quem sabe pode ser até uma soma de ambos. Bom, no fim acho que o que realmente me motiva em estar aqui é a oportunidade de estar falando um pouco das coisas que fazem a nossa vida.



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Sucesso ao Tchê Moçada.

Abraço e bom final de semana a todos.

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