quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O melhor... do outono/inverno!

Num ano em que praticamente não tivemos inverno, pode-se dizer que este foi o ninguém de 2012, recheado - eu diria - de melancolia. Se analisarmos ao pé da letra, praticamente tivemos verão o ano inteiro. De qualquer sorte, o melhor do outono/inverno nos trás uma reflexão; e refletir é sempre uma boa alternativa para seguir em frente com mais chances de alcançar o sucesso que sempre perseveramos. Eis o melhor do outono/inverno: 


Melancolia do ninguém

Dizem que o sentimento de tristeza é próprio do abstratismo da vida do ser humano. A melancolia, nesse sentido, nada mais é do que a condição de tristeza reiterada pelo tempo, quando não possui gravidade tão intensa, própria de situações depressivas, por exemplo. O grego Hipócretes, no século V a. C, definiu a melancolia como um desequilíbrio mental enfermo, ou seja, uma doença. Discordo. Talvez hoje, tanto tempo depois, o próprio Hipócretes reveria o seu conceito caso tivesse acesso aos nossos recursos atuais. Naquele tempo dá para se dizer que era gênio, afinal, seu estudo baseava-se em estudo prático, sem qualquer balizamento científico. Que coisa! O ser melancólico a meu ver, hoje em dia, esta relacionado a condição temporária de uma tristeza ou depressão. O prolongamento, por certo, acarretará em uma doença psíquica conforme preconizou Hipócretes. No mais, deixo de traçar maiores comentários, afinal, aqui está um leigo metido a dar um parecer médico. Portanto, relevem qualquer palpite furado que possa caracterizar um conceito deste que vos escreve.


Por vezes as coisas não funcionam como a gente imagina. A simples desilusão acerca de um projeto (de vida, profissional ou outro qualquer) mal sucedido, em alguns casos, deixa a pessoa quase que meio inerte, sem saber o que fazer. É como se estivéssemos dopados, de mãos atadas e sem forças de reação. Por um instante, tudo que era meio de vida virou uma sensação de dúvida. O futuro passa a ser incerto e a realidade distorcida. A melancolia surge quando esses sentimentos são mais constantes do que um simples acaso de momento. Claro, esta conceituação partiu da minha cabeça e não está baseada em estudos de alguém ou de algo. Simplesmente tento escrever como me sinto e tendo dar um conceito ao meu pensamento. De certo, no final das contas, tudo isso só servirá pra mim mesmo achar uma luz no fim do túnel.

 

A vida é mesmo engraçada. De uma hora pra outra parece que cai a ficha e tudo perde o sentido, quer prático ou moral. A moral da história parece não mais existir e o que era concreto vira abstrato. Por um momento ou tempo, a vida vira filosofia e disso renasce uma realidade ou uma luz se apaga. Quando se apaga, nada mais nos resta senão começar (ou tentar) de novo, sem saber pra onde ir nem aonde se quer chegar. Não digo que hoje estou imbuído de melancolia? Quem sabe você que está lendo neste momento sabe o porquê de eu estar assim! Ou nem sabe do que eu estou falando. Talvez nem eu saiba do que estou falando. O filósofo francês René Descartes brilhantemente determinou: “Penso, logo Existo”. Num dia como hoje, como o pensamento desabilitado, rapidamente chego a conclusão que ao não pensar eu inexisto. Logo, não sou ninguém! Aí um conceito que carece de qualquer estudo científico, eis que galgado apenas e tão somente na realidade. Não sou ninguém.

 

Boa semana a todos.



Publicado originalmente às 12h08min, segunda-feira, do dia 28 de maio de 2012.

Nenhum comentário: