sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O que é o natal, afinal?

Esta é uma pergunta que não quer calar. Vem passando os anos e eu cheguei a conclusão, dia desses, que já não sei mais o que significa o natal. Lembro-me, com saudosismo (e sou saudosista, amigo Rodrigo) dos tempos de criança, sentado no velho sofá da casa da Vó Frida, em São Chico, concentrado e comportadinho (nem piscava) esperando o Papai Noel. Aí entrava alguém, com uma barba falsa e com aquele velho 'hohoho' e eu fica entusiasmado. No fundo eu sabia que aquilo não era a realidade, mas foram alguns dos melhores anos da minha vida. Hoje, nem mesmo a fantasia do natal motiva as pessoas; ou a mim, ao menos. Já não consigo mais achar a propaganda da Coca-Cola original ou a do grupo Zaffari. O que mudou?

Minha mulher, esta semana, falou que o que nos falta é uma criança (confesso que gelei, pensando no duplo sentido da afirmação - hahaha), pois, os adultos, preferem ver as dificuldades e não as virtudes da vida. Impressionaste! Não foi à toa que casei contigo Mariana! Nós (e me incluo sem pestanejar) aprendemos com o passar do tempo a só enxergar o lado ruim da vida. Tanto que esquecemos de visualizar o natal como um momento de união familiar e de repeito ao próximo, passando a valorizar mais o apelo comercial e a possibilidade de não precisar trabalhar no dia 25. Logo, é preciso não voltar a ser criança (momento em que deixo o saudosismo de lado), mas sim, voltar a ser mais feliz. Acreditar nas coisas simples da vida.

Pois na segunda-feira agora, estive com a Mariana na agência central dos Correios de Novo Hamburgo, fins de buscar umas cartinhas de crianças carentes para que as mesmas (ao menos elas) possam continuar acreditando na magia do natal. Garanto-lhes que será um dinheiro bem empregado, pois a felicidade de uma criança vale muito. Não to aqui pagando de bom samaritano, daqueles que ficam o ano inteiro sem ajudar ninguém e agora querem aparecer. Não. Faço de coração porque é importante para mim. Acho, e a esta altura da vida me julgo no direito de achar alguma coisa, que vendo as dificuldades dos outros a gente aprende a ser menos mesquinhos.

O que é o natal, afinal? Simples: é a oportunidade única que temos de, enfim, chegarmos a conclusão de que nossas vidas precisam de um destino e que sozinhos não somos ninguém. Hoje eu sei o que o que importa é o sorriso de uma criança feliz. Jaz ali uma pontinha de esperança de que no amanhã ela possa ser uma pessoa de bem. Que faz o bem.

Já no tocante a criança que a Mariana falou, antes que me perguntem (hehehe), digo que vai demorar um pouco ainda. Mas que uma criança muda tudo isso muda. Um cachorro talvez quebre o galho também (hehehe). Mas dá um trabalho...


Abraço e bom final de semana a todos.

PS.: Sexta-feira 13 em pleno dezembro? Bahhh...

Nenhum comentário: