Impressionante
como a morte de alguém pode significar tanto para o mundo. Nelson Mandela, aos
95 anos de idade, deixou seu nome marcado na história, por uma luta de união e
dignidade da pessoa humana. Não vejo possibilidade de alguém lutar pela
dignidade da pessoa humana sem que seja um humano de verdade, que enxergue nas
coisas simples da vida uma razão de viver. Pois Mandela sempre teve razão para
viver.
Alguns
tentam entrar para a história através de grandes feitos (ou grandes obras), que em verdade nada
mais é que um populismo imposto. Ouso dizer que Nelson Mandela foi grande
justamente porque nunca almejou tal condecoração. Num mundo racista em que
vivemos (por favor, não sejamos hipócritas de imaginar o contrário), ver
unanimidade em torno da figura de um negro não é para qualquer um. Nelson
Mandela não é qualquer um.
Certa
feita, ainda nos bancos escolares, escrevi um poesia em homenagem ao Dr. Leonel
de Moura Brizola que ganhou destaque pelos corredores da escola. Intitulei-a “Último
Caudilho”. Estou certo que não errei em chamar Brizola de caudilho;
entretanto, acho que posso ter me enganado ao classifica-lo como o último.
Nelson Mandela, embora de outro continente (onde sequer sabem o que significa
caudilho), foi o último caudilho.
Não
precisou de nada além do respeito de seu povo e da dignidade que deve pairar na
alma de todo ser humano. Lutou desarmado e fez vencer a razão. Merece, pois,
todo o meu e o seu respeito incondicional. Denota-se que pouco usei o passado e
muito o presente. Poderia ter utilizado o futuro também. Um homem como Nelson
Mandela nunca morre; morre seu corpo, mas, seu legado, fica para a história.
Eis,
então, o último caudilho. Vá em paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário